Ekoá alia práticas esportivas com ferramentas de gestão de pessoas
Desde os 19 anos, o brasiliense Monclair Cammarota foi apaixonado por
aventuras. Foi com essa idade, em 1997, que ele decidiu viajar para Israel e
trabalhar como voluntário em kibutzim, as comunidades israelitas. Depois disso,
passou um tempo no Egito e na Tailândia aprendendo a ser mergulhador
profissional. Ao retornar para Brasília, começou a fazer corridas de aventura,
junto com uma equipe de brasileiros que ficaria entre as cinco melhores durante
anos. “Começamos a gravar nossas competições e com isso conseguimos grandes
patrocínios”, diz Cammarota.
Em 2005, porém, sua equipe perdeu um desses patrocinadores, e o atleta
decidiu que era hora de fazer algo diferente e começar um empreendimento mais
estável. Cammarota ajudou, então, a esposa em uma franquia de ensino
profissionalizante. Mesmo com o choque da mudança de esportista radical para
empresário, ele conseguiu fazer com que a unidade crescesse, agregando novas
escolas da rede. “Trabalhando com essa área de educação executiva, pensei que
poderia misturar ensino e o universo esportivo da corrida de aventura”.
Em 2008, com R$ 30 mil, Cammarota abriu a Ekoá, resultado dessa mistura
entre teoria corporativa e prática esportiva. Os treinamentos possuem três
durações: duas horas, um dia e três dias, e podem reunir de 12 a 350 membros de
uma mesma empresa. Para a realização do evento, a Ekoá geralmente utiliza
hotéis fazendas ou lugares com estruturas semelhantes, com muito espaço aberto.
A dinâmica é dividida entre a teoria na sala de aula, as atividades
esportivas ao ar livre e as avaliações, novamente na sala de aula. Para
Cammarota, a grande ênfase é na parte da ação. Uma das atividades, por exemplo,
pede para os participantes construírem um barco, dando apenas instruções e
materiais escassos. O objetivo é trabalhar conceitos de planejamento e
eficiência. Depois, cada equipe tem de navegar na embarcação e descobrir os
resultados de suas escolhas.
Em outra, que envolve uma verdadeira corrida de aventura, as equipes
recebem um mapa com pontos de diferentes valores. Cada um deles tem
dificuldades distintas para serem encontrados e alcançados. O grupo precisa
fazer um plano de quais almejam e qual rota vão seguir e expô-lo para os
outros. “No fim, sentamos com cada grupo e analisamos o plano inicial, o que
foi mudado no percurso, a probabilidade de acerto e o que poderia ter sido
melhor”, afirma Cammarota.
Depois de todas as atividades, os grupos voltam para a sala de aula e a
equipe da Ekoá faz as relações das atividades com os conceitos do mundo
corporativo, aprendidos lá no começo. Todos os membros passam, também, por uma
autoavaliação e dos seus colegas.
Por ano, a Ekoá realiza entre 20 e 30 treinamentos, que custam entre R$
250 e R$ 500 por pessoa, sem contar as despesas com hospedagem e alimentação. A
cidade de Brasília sedia 80% deles, mas Cammarota afirma que o plano é ampliar
sua atuação nacional. A empresa faturou R$ 620 mil em 2012 e espera um
crescimento de 20% para 2013.
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Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios
Imagem: Google
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