As universidades brasileiras estão reavaliando os currículos
de seus cursos para formar profissionais mais abertos ao mercado, que possam
atuar em várias áreas independentemente da formação acadêmica.
As instituições
perceberam que é preciso pensar como as empresas se quiserem formar estudantes
aptos para o mercado. Para isso, precisam oferecer mais prática, flexibilidade
de horários e menos teoria.
Na prática, nem sempre é assim tão fácil. A Universidade de
São Paulo (USP), por exemplo, vai completar 80 anos de história e é reconhecida
no mundo inteiro como uma das melhores. Alterar o currículo de um curso exige
um estudo complexo envolvendo todos os departamentos e pode levar mais ou menos
três anos.
É o que está fazendo a faculdade de direito, que se prepara
para mais uma reforma no currículo, a segunda em cinco anos. “Reduzimos
enormemente também as disciplinas obrigatórias, criamos novas disciplinas
optativas, mas percebemos logo em seguida que foram insuficientes. Os alunos
querem mais e nós estamos fazendo esses estudos para aprimorar a estrutura
curricular”, explica Heleno Torres, presidente da Comissão de Graduação de
Direito da USP.
As mudanças costumam
ter alguns pontos em comum: a redução do tempo em sala de aula, mais matérias
optativas, troca de informação e conteúdo com universidades de fora do país.
Uma das faculdades mais tradicionais da USP, a de
engenharia, também vai mudar. “Uma tendência que existe ao longo das grandes
universidades do mundo são os conselhos regionais, que começarem a olhar mais a
formação e não o diploma. Isso é um atendimento ao jovem que deseja algo a mais
além de uma formação específica”, afirma o presidente da Comissão de Graduação
da Poli USP.
A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) também está
sempre se adaptando, mas como nasceu de uma necessidade que as empresas tinham
em formar profissionais especializados, as mudanças são mais simples. “De um
ano para outro sempre tem alguma modificação. Às vezes é uma mudança maior de
grade que a gente modifica realmente o programa, às vezes é uma atualização de
conteúdo”, conta o vice-presidente acadêmico da ESPM, Alexandre Gracioso.
Karla Aprato - Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas
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Fonte: Jornal Hoje
Imagem: Google
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