Ao longo da carreira, é comum encontrarmos um
chefe que consideramos ruim ou péssimo, mas, o que faz o chefe ruim?
Segundo a pesquisa realizada nos Estados Unidos pela
psicóloga Michelle McQuaid revelou que 65% dos profissionais consideram que um
bom chefe traria mais felicidade do que um aumento de salário, por mais
incrível que isso possa parecer.
As respostas são variadas e, de acordo com o especialista,
podem ser divididas em 5 dimensões. Estas dimensões podem ser transformadas em
um verdadeiro manual de como desmotivar seus funcionários.
Confira 5 práticas dos péssimos chefes e saiba como você pode mudar o jogo:
1. Reconhecimento zero
“Ele nunca me elogia”, “ele não reconhece o meu esforço e o
meu trabalho”. Se o seu chefe assume a glória sozinho quando algo dá certo e
nunca é o culpado quando as coisas vão mal, você está diante de um problema
muito comum no mundo corporativo: a falta de reconhecimento.
2. Autonomia demais ou de menos
MENOS = Quando a questão é a falta de autonomia é comum
ouvir reclamações do tipo: “ele não confia em mim”, “me passa tarefas, não
projetos”. É o estilo do chefe que diz tudo em detalhes sobre como o
profissional deve agir, sem deixar espaço para criação.
MAIS = Mas não é só a falta de autonomia que incomodo. Do
outro lado da moeda, o excesso de liberdade também é desmotivador. Quando este
é o caso, de acordo com Jucá a reclamação principal é: “ele não se importa com
o meu trabalho”.
3. Desafios desestruturados
Você está cansado de fazer sempre a mesma coisa. Ou se sente
perdido com a inconstância das prioridades e pensa: “Não há rumo”. Sem os
recursos necessários é impossível dar os resultados esperados.
“Ele não tem ideia de tudo o que eu tenho que fazer, é impossível
eu dar conta”, você pensa, atolado em papéis e planilhas e gráficos, enquanto
bebe o quinto café do período matutino.
“Ele só se interessa por resultados imediatos, não leva em
conta eventuais dificuldades momentâneas na minha vida pessoal”. Esta também é
uma reclamação frequente, quando o calcanhar de Aquiles do gestor está
relacionado à dimensão dos desafios.
4. Ausência de aprendizado e evolução
Faz parte das atribuições de um cargo de gestão, dedicar
tempo para desenvolver a equipe e melhorar o seu desempenho. Chefes que não têm
essa habilidade, não alavancam pontos fortes dos profissionais.
“Não é um parceiro interessado no sucesso da minha carreira.”
“Meu chefe é ruim tecnicamente, não aprendo nada com ele”,
“ele não compartilha experiências, raciocínios e conhecimentos”. Estas também
são queixas freqüentes.
5. Falta de transparência e respeito mútuo
Falta educação, promessas são feitas, mas nunca cumpridas.
Estes são alguns sinais de que falta respeito ou transparência na relação.
Descobrir que seu chefe fala mal de você para outras pessoas na sua ausência e
faz o mesmo com outras pessoas, também é um indicativo de que o problema está
ancorado nesta dimensão.
#FicaDica
Estas são as suas reclamações? e agora? Como virar o jogo? O que fazer?
- Pode parecer estranho, mas a primeira delas é que você também é responsável por "educar" seu chefe;
- Relações ruins com o chefe também tem como contribuição a ausência do protagonismo do liderado, ou seja, apenas reclamar é adotar a posição confortável de vítima;
- Se você está deixando isso acontecer, você também é responsável por isso, ou por não criar uma relação de parceria ou por não saber cobrar (do jeito certo) atitudes dele;
- A dica para tentar reverter este quadro é apostar em uma reunião com ele. Sente para conversar, alinhe expectativas.
- Não existem vilões ou ídolos. Ninguém é só ruim ou só bom Torná-lo um vilão ou idolatrá-lo é perder a chance de observar e de aprender. Todo o relacionamento, é uma oportunidade de aprendizado. Não esqueça: você também será (ou já é) chefe de outras pessoas.
Referência: Revista Exame
Karla Aprato - Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas
Foto: Cena do filme "Quero Matar Meu Chefe"
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