1- Pesquise sobre a média salarial do mercado
e não esqueça de levar em conta seu planejamento futuro antes de chegar a um valor. Não existe um cálculo padrão para
se chegar ao valor, mas algumas dicas básicas como pesquisar a média salarial
das empresas e ter clareza sobre o planejamento para o futuro ajudam a formular
uma boa resposta;
Para Eduardo Ferraz, consultor de gestão de pessoas, em
entrevista para a Catho Online, o profissional deve levar em consideração sua
atual situação. “Se ele está desempregado, deve pedir a média que o mercado
está pagando, mas se já está trabalhando e foi procurado por outra empresa,
pode sim pedir mais”, explica. É importante que o profissional que está
tentando uma recolocação no mercado saiba qual a média salarial para o cargo
que almeja. Com esta informação, ele consegue negociar com mais facilidade com
o recrutador.
A pesquisa sobre a média salarial pode ser feita em sites de
consultoria em recursos humanos, também utilizados pelos recrutadores das
vagas. Segundo Tamara Karawejczyk, professora dos cursos de Administração e
Tecnólogo em Recursos Humanos da Unisinos, o mercado regula a oferta salarial
de acordo com a demanda por profissionais. Ou seja, uma área com menor número
de candidatos qualificados terá um salário acima da média. “É importante que o
candidato saiba os valores aproximados para a vaga. Além das informações na
internet, pode ativar a rede de relacionamento e descobrir quanto outros
profissionais ganham com o mesmo trabalho. Os valores devem ser adequados à
realidade”, enfatiza.
Mas o salário não deve ser o único aspecto que o candidato
deve avaliar quando responde à pergunta sobre sua pretensão salarial. Os
benefícios, a perspectiva de crescimento e vantagens, como flexibilidade de
horário e proximidade da casa, por exemplo, também devem ser colocados nos
cálculos do profissional. Benefícios como plano de saúde, cursos de idiomas,
faculdade, academia, entre outros, podem eliminar custos que ele teria,
diminuindo assim sua necessidade de um salário mais alto.
Para Tamara, seja qual for a pretensão salarial do candidato,
o valor só deve ser informado caso seja solicitado. “O melhor é colocar no
currículo apenas se for necessário. O gestor pode olhar friamente um valor no
papel e eliminar o candidato antes mesmo de conhecê-lo. Se não está no
currículo, pessoalmente será possível conversar e negociar”, explica.
Um dos riscos de apostar em pretensões muito altas está em
se ver obrigado a reduzir o valor para ser contratado. Fechar acordo com um
salário muito mais baixo pode soar como se o candidato estivesse desvalorizando
o próprio trabalho. “O candidato deve demonstrar autoconhecimento e
planejamento futuro para a carreira. Tem que comprovar que precisa daquele
valor para prestar o serviço. Uma pretensão estratosférica pode prejudicar mais
do que trazer sucesso”, conclui a professora.
O mais importante é o candidato ser sincero com sua
pretensão, levando em conta o aspecto ético no processo seletivo. Uma vez
definidos os objetivos e metas, será mais fácil montar um plano com valores.
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