O Women's Forum Brazil 2012, evento que aconteceu em São
Paulo/SP nos dias 4 e 5 de junho, promoveu um debate sobre o estabelecimento
de cotas para mulheres nas corporações.
Confira as diferentes opiniões dos debatedores sobre o tema:
Fernando Alves, sócio-presidente da PricewaterhouseCoopers
Brasil - empresa que tem metade do seu efetivo profissional composto por
mulheres -, defendeu o uso de cotas. “Hoje ainda é negado à mulher, seja por
preconceitos ou por padrões convencionais, a liberdade na busca da sua
felicidade e isso tem que mudar. Sou a favor da cota para que elas não paguem
um preço mais alto que os homens para chegar ao topo das empresas”, afirmou o
executivo.
Sônia Hess, presidente da Dudalina - organização com 73% da
força de trabalho ocupada por mulheres – não vê a necessidade das cotas: “Tenho
dúvidas se as mulheres realmente querem isso. Em casa minha mãe era a
presidente da empresa e provedora de uma família de 16 filhos, e o meu pai
poeta -- totalmente fora do padrão. Antes de lançar nossa linha feminina, eu
tinha na cabeça que vendedores tinham que ser homem, para carregar mostruário,
viajar para o interior, mas resolvi mudar e experimentar uma equipe só de
mulheres. E foi um sucesso”.
Já Sonia Favoretto, diretora de sustentabilidade da BM&F
BOVESPA, disse: “Temos sim que pensar em ferramentas e ações afirmativas para
romper modelos pré estabelecidos, e as cotas pode ser uma delas, desde que seja
bem implementado para não gerar aí um ponto maior de preconceito que é aquela
questão de uma achar que a mulher está lá não pela competência, mas pela cota”.
Cristiane Pedote, diretora-executiva do
Barclays, apontou que o que as mulheres querem tem de ser levado em
consideração pelas companhias que desejam reter seus talentos. “As empresas vão
precisar rever seus valores, reinventar suas políticas de diversidade, pensar
na identidade, no propósito da empresa. Tão importante quanto quebrar nosso
teto de vidro interior e nos cobrar para avançar nisso, cabe também ao gestor
ter esse olhar”, afirmou Cristiane
O painel foi moderado por Isabel Franco, sócia senior da
Koury Lopes Advogados, e contou com a abertura de Karen Linehan,
vice-presidente sênior, assuntos jurídicos e conselheira geral da Sanofi.
E você concorda? Já imaginou como seria a sua empresa tendo
essa política de cotas?
Referência: Revista VocêRH
Referência: Revista VocêRH
Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que os autores não foram identificados.
Comentários
Postar um comentário