
Segundo o
Neurologista Leandro Teles a dificuldade de memória, mesmo entre pessoas
jovens, é uma queixa muito comum. Na maioria das vezes, essa dificuldade não é
causada por doenças cerebrais específicas, mas conhecendo o processo de fixação
e evocação é possível melhorar muito a capacidade de memória de uma pessoa.
O processo de memorização se inicia com a percepção de um
estímulo. Devemos prestar atenção nele e destacá-lo dos demais, já que nem
todos são importantes. O cérebro deve atribuir relevância ao estímulo para
enfim memorizá-lo. No entanto, é importante que a pessoa esteja apta a fixar o
estímulo: descansada, atenta e interessada.
Confira 10 dicas do especialista:
1. Procure um ambiente adequado: muito importante trabalhar
e estudar em ambientes apropriados. Silenciosos, iluminados e organizados.
Assim, o estímulo que interessa se destaca e a memorização é facilitada.
2. Faça uma coisa de cada vez: esse é o principal erro.
Fazemos várias coisas ao mesmo tempo. Pensamos em diversos problemas e deixamos
passar os dados que seriam relevantes. Identifique as prioridades do momento,
entre para resolver aquele problema, se desligue do resto. Seguindo essa
recomendação, você logo perceberá que os episódios de esquecimentos serão cada
vez mais raros.
3. Esteja descansado: o bom funcionamento cerebral depende de
descanso. Dormir ao menos 8 horas ininterruptas de sono por noite, com
qualidade. Tirar férias de tempos em tempos, praticar atividades de lazer. Sem
isso o cansaço cerebral te levará aos lapsos de memória.
4. Alimente-se bem : a alimentação influencia na capacidade
de memorização. Prefira alimentos de fácil digestão, fracionados durante o dia
e em quantidade moderada. Refeição pesada e quantidade exagerada desloca o
fluxo sanguíneo para os intestinos e o cérebro fica mais lento e preguiçoso.
Para ajudar ainda mais, beba bastante água.
5. Evite medicamentos para dormir: muitos remédios para
dormir são usados indiscriminadamente. Alguns deles podem afetar um pouco a
capacidade de memorização. Use-os com bom senso e sempre com orientação médica.
6. Trate depressão e ansiedade: a depressão lentifica os processos cerebrais,
o esquecimento pode ser um sintoma da depressão. Mesma coisa com a ansiedade. A
pessoa muito ansiosa está sempre com uma pressão antecipatória, sofre antes da
hora, preocupa-se antes da hora e se esquece de viver o momento. A ansiedade
leva diretamente a problemas de atenção e concentração.
7. Exercite seu cérebro: saia da zona de conforto. Coloque seu cérebro
para realizar coisas novas. Faça coisas rotineiras de um jeito diferente, mude
os caminhos, a mão que você come e escova os dentes, troque o mouse de lado.
Aprenda outra língua , um instrumento, um novo esporte... enfim, seja criativo
e exercite seu cérebro como se fosse um músculo. Um cérebro treinado é muito
mais confiável.
8. Evite álcool e cigarro: o álcool é um inimigo da memória. Você passa
do ponto e já não fixa nada. A longo prazo o álcool pode levar à atrofia
cerebral (redução do tamanho do cérebro) e a quadros graves de esquecimentos. O
tabagismo é também um vilão, favorece isquemias cerebrais, mesmo que pequenas e
imperceptíveis que com o passar dos anos pode acarretar problemas cognitivos.
9. Invente regras mnemônicas: é uma técnica milenar usada por muitos
estudantes para decorar informações escolares de maior complexidade, como a
tabela periódica, formulas de física, datas históricas, etc. Associamos uma
informação difícil de ser memorizada a algo de maior facilidade, que tenha mais
a ver com a gente, seja mais familiar. Uma boa regra mnemônica pode carregar
uma informação por uma vida inteira. Essas regrinhas podem ser usadas com todo
o tipo de informação, durante o dia-a-dia, facilitando o processo de evocação.

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