Recebeu
uma proposta de emprego? Confira como avaliar se aceitar o desafio é um bom
negócio
1. Meritocracia
Os critérios da
companhia para promover ou valorizar seus funcionários influenciam muito a
maneira como a sua rotina de trabalho será modelada daqui para frente. Por
isso, segundo os especialistas, prefira companhias que oferecem métodos claros
de bonificação e plano de carreira.
Além de motivação extra todos os dias, essa estrutura poderá oferecer um norte
para suas próprias decisões profissionais.
Mas não é só isso. Os olhos dos recrutadores tendem a brilhar quando percebem o
quanto um profissional foi valorizado em uma empresa que segue o estilo
meritocrático. “Isso é percebido como um ativo”, diz o diretor do IBMEC/RJ.
Por exemplo, se você foi promovido em uma companhia que se vale dessa prática,
aos olhos do recrutador, isso pode ser um indicio de que você, realmente, fez
um bom trabalho.
2.Responsabilidade social
O engajamento da
companhia com causas sociais não é apenas mais uma estratégia de marketing para
melhorar a reputação da marca. Segundo o diretor do IBMEC, investir em projetos
de responsabilidade social também é um método para cativar os corações dos
próprios funcionários.
“Essa é uma estratégia de endomarketing, para ganhar os próprios
colaboradores”, diz o especialista. “Pesquisas mostram que políticas de
sustentabilidade, responsabilidade social, além de padrões e compromissos
éticos servem para aumentar os níveis de auto estima do público corporativo”.
3. Reputação
Investigue a
atuação da companhia no mercado em que ela atua. O comportamento da empresa com
fornecedores, clientes e, até, competidores pode indicar tanto a saúde
financeira dela quanto a cultura corporativa não oficial.
Por exemplo, se vez ou outra, a empresa faz uma manobra, digamos, pouco aceita
ou até antiética no mercado, sinal vermelho. Isso pode indicar que você terá
que repetir esse padrão no futuro. Ou pior, dependendo do cargo, ter que passar
o dia apagando incêndios do tipo.
“As companhias vivem muito de reputação e o mercado de profissionais também”,
diz Marco Túlio Zanini, professor da Fundação Getúlio Vargas. “Eu sempre
oriento: num primeiro momento, não procure o melhor salário, mas um bom nome”.
4.Saúde financeira
Não deixe de
acompanhar o noticiário com relação às companhias que podem fazer parte de sua
carreira, no futuro. Nas reportagens sobre essas empresas, você poderá checar
dados sobre a saúde financeira da companhia e as tendências para o futuro dela.
“Se a empresa for de capital aberto, o profissional pode fazer buscas no
balanço da companhia”, diz Danielly Lopes Tahan, da Fantozzi & Associates.
O documento fica disponível na página de relação com o investidor do site da
companhia ou na página da Comissão de Valores Mobiliários.
5. Futuro
Para não afundar
com a empresa no futuro, vale dar uma de vidente e checar se as propostas para
a companhia nos próximos anos são realmente viáveis.
Primeiro, foque nos projetos em desenvolvimento. Avalie qual a viabilidade de
cada um deles no mercado e se já foram regulamentados. Considere também os
planos de difusão para cada um desses novos produtos.
6.Recrutamento
A maneira como a
empresa trata da contratação dos seus novos colaboradores também pode servir de
medida para sua decisão. “Se o entrevistador está mal preparado é um sinal de
que a empresa não preza por essa área”, afirma Zanini, da Fundação Getúlio
Vargas.
Mapa de investigações
Para além do
noticiário, redes sociais e até documentos da CVM, os funcionários da companhia
são as melhores fontes de informação para a sua decisão. “O que não é dito para
um jornalista em uma entrevista, pode ser dito para você, em um café”, diz
Adriana, da ESPM.
Tente conversar com pessoas que trabalham na área correlata a sua. Não
restrinja suas perguntas a questões macro relacionadas apenas à empresa. Vá
além. Busque informações sobre futuros colegas de trabalho e, principalmente,
sobre o futuro gestor. Mais do que qualquer política ou modus operandi
corporativo, eles, sim, poderão influenciar sua rotina de trabalho e, até, sua
vida como um todo.
Fonte: Revista Exame
Karla Aprato - Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas
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